No dia 12 de outubro passado foi publicado o novo preço de referência para a imposição de tarifas sobre leite em pó importado, em vigor para o período de 16 a 30 de outubro de 2012, classificado a US$ 3.188, sendo uma sobretaxa de US$ 680 por cada tonelada importada.

"Com este novo aumento, o leite, um produto de base para a nutrição, vai pagar um imposto cego de 21%, que adicionado ao IVA fica em 39%", afirmou o Presidente da Associação de industriais lácteos (ADIL), Rolando Piskulich.

De acordo com Piskulich, o leite vai pagar mais impostos do que carros (0%-6%), a linha branca (11%), computadores (0%) e iates de luxo (0%). "Sem dúvida, algo está errado nos cálculos do MEF e por esse motivo, se fará mais uma vez uma chamada para corrigir esta situação absurda". A indústria acredita que é um imposto cego porque não sabe a quem beneficia. "Duvidamos que seja os criadores são que se beneficiam, pois isto resultará na retração do consumo das famílias,” ele comentou.

Em resposta, o representante da indústria o MEF e as autoridades envolvidas na questão, vão avaliar conscienciosamente e tecnicamente quem realmente se beneficia deste aumento, porque, disse ele, a medida desencoraja investimentos e cria incerteza na dona de casa.

ADIL revelou que no mês de agosto, a indústria advertiu que atualização de lácteos nas  tabelas aduaneiras, apontava uma absurdo sobretaxa de importação, diante dos preços correntes no mercado internacional, e não um mecanismo de proteção, e se torna um mecanismo absurdo da cobrança de impostos, usando o produto chave da população.

O preço de referência foi publicado no mês de setembro, cujo valor era de US$ 3, 346 impondo uma sobretaxa de US$ 526 por TM de leite em pó e produtos importados. Isso significa aumentar o seu custo em 15,7%. O valor anterior de referência publicado 15 dias antes era deUS$ 3.617, uma taxa de US% 217. Ou seja, em 15 dias, a sobretaxa aumentou mais de 100%.

Em 2011 o Peru produziu para o consumo tradicional e indústrial 1´500,000 TM de leite fresco e consumiu o equivalente a 2´000, 000 MT.

"Por isso é estritamente necessário importar mais de 25 % produtos lácteos consumidos no país;" É uma necessidade nacional, uma demanda de mercado e sustento para as famílias; não é um capricho da indústria. "Esta sobretaxa absurda e muito alta, desnecessariamente terá impacto nos custos de produção, que inevitavelmente terá de ser transferido para o consumidor", concluiu.